Em meados da década de 90, quando tive meu primeiro contato no ramo das escolas de música, o destaque se dava às escolas muito bem estruturadas, que investiam uma fortuna em propaganda e fachada, ou com influência na sociedade.
Hoje em dia as escolas não dependem mais de terceiros, de influência e muitas vezes nem de grande capital inicial para alavancar um empreendimento, no caso, uma escola de música. Claro que isso não justifica uma escola que nunca investe em estrutura.
O único fator necessário para atrair os clientes certos é a informação de qualidade e gratuita, sem reservas.
Sabemos que existem pelo menos 3 principais tipos de clientes, que vou chamar aqui de aquecidos, mornos e frios.
Clientes aquecidos
Os cliente quentes são aqueles que decidiram comprar, ou seja, se matricular em um curso de música. Este tipo de cliente vai atrás, procura as escolas e decide em qual irá estudar baseando-se unicamente em seus próprios critérios de julgamento, que muitas vezes é pautado por alguma indicação, pela aparência estrutural da escola de música ou por já ter ouvido falar da escola.
Esses são fatores cruéis e de difícil controle, já que existem muitas escolas excelentes mas que por motivos financeiros não dispões de luxuosas instalações.
Nesses casos a tendência são as grades escolas levarem vantagem simplesmente por possuírem estrutura física, independentemente de ter ou não superioridade nos resultados do ensino.
Clientes mornos
Clientes mornos são aqueles que já tomaram consciência de que é bom estudar música, sabem que de alguma forma serão beneficiados se se matricularem e aprenderem, mas por algum motivo estão na procrastinação, inertes e sempre deixando para um futuro próximo que nunca chega.
Este tipo de cliente em potencial necessitaria de alguns incentivos, de esclarecimentos, de quebra de objeções, de motivação, e se isso fosse proporcionado por alguma marca, certamente esta seria a escolha natural e óbvia, quer dizer que se sua escola conseguisse de alguma forma prover esse esclarecimento, quebrar as objeções e motivá-lo, ele certamente seria seu aluno.
Estima-se que para cada um cliente aquecido exista 10 clientes mornos, que se não forem estimulados corretamente, provavelmente nunca virão a se matricular em uma escola de música.
Clientes frios
São pessoas que nem se quer tem a consciência de que a música trás benefícios reais para quem estuda. Geralmente trazem consigo crenças limitantes com relação à música, e isso pode ter acontecido por vários motivos.
Todo ser humano com condições intelectuais e de mobilidade normais podem em algum momento praticar alguma modalidade musical e ser beneficiado por isso, e até mesmo pessoas portadoras de alguma deficiência, dependendo do nível, pode desfrutar de algum benefício da arte de tocar ou cantar.
O que impede o segundo e o terceiro grupo de pessoas a ingressar no mundo musical, e se matricular na sua escola?
A resposta é simples: falta de informação, fornecida por sua escola, nas redes sociais, de forma constante e continuada.
Conclusão
No atual cenário, de quase total ausência de um verdadeiro marketing digital de conteúdo, as escolas sobrevivem apenas dos clientes aquecidos, que são disputados muitas vezes com um tipo de imposto que se paga por não exercer uma presença digital efetiva: o desconto.
Bacana. Há poucos conteúdos informando maneiras de conquistar clientes principalmente essa parcela morna e fria. Poderia escrever algo para escolas de música na periferia.
Olá Geisiane,
Vou escrever algo sobre o tema sugerido, com base no que observamos em alguns casos de sucesso. Um grande abraço e obrigado pelo comentário 🙂